sábado, 30 de julho de 2016

POEMA 259 - AMORES FRÁGEIS, O TEMPO DEVORA

O que restou de nós dois, apenas o espanto
de uma palavra que não se encaixa
em nenhum sentido. Desencanto?
Quebrantos em lágrimas
na alma nua, prantos.
Vinho derramado.
Reminiscências do que ficou
em rasgos de nadas
como musgos pisados.
Flauta que não toca.
Pássaro cego em voo torto não encontra ninho,
amor quebrado
perdido nas dobras de um tempo
onde o paraíso era o destino
- Este travesso menino que nos escapa -
quando mais o queremos
tal água fugidia nos dedos do tempo.
Cronos não perdoa, a tudo devora.
Amores de cristal, até o vento os quebra.
É pó. Evapora!



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